Como um tablet e um glicômetro ajudaram cinco alpinistas

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Por Rocío Mellas


Uma expedição de dez dias para conseguir o objetivo. Cinco esportistas radicais com diabete. Uma façanha palpável na Base do Evereste (5.350m sobre o nível do mar). Cinco sonhos realizados. Tudo teria ido por água abaixo sem o aporte de tecnologias da informação e da comunicação aplicadas à saúde.

A Telefônica Digital desenvolveu com sucesso um serviço que permite monitorar os níveis de insulina através de uma aplicação para aparelhos inteligentes. Com o suporte de um tablet e um glicômetro, a aplicação de gestão da enfermidade -diabete- permite que os esportistas subam dados a uma plataforma de gestão clínica. Deste modo, e à distância, os médicos podem realizar o seguimento dos níveis de insulina de seus pacientes estejam onde estiverem.

«»É um software simples projetado para que o entendam tanto os diabéticos mais jovens como os mais velhos, que são os mais vulneráveis, para dar-lhes maior independência”, comenta exclusivamente para a E-Health Reporter Latin America, Josu Feijoo, um dos esportistas responsáveis por realizar a expedição. E acrescenta: “Faz anos que queria compartilhar meus conhecimentos na alta montanha, por isso convenci as pessoas da Telefônica a testarem o serviço de controle remoto de níveis de glicose no sangue no ponto mais distante e agreste do mundo: o campo base do Evereste”.

Com uma mensagem clara de que os impossíveis não existem, Feijoo escalou milhares de metros e desafiou a sua doença em condições extremas. De fato, na missão do Everest foi consagrado como o primeiro alpinista diabético que chegou ao pico da montanha mais alta do mundo (a 8.848 mil metros sobre o nível do mar), localizada no  Himalaia. Mas no ano passado não esteve sozinho: Elena Eggers, Beatriz Berche, Pablo Pérez Martínez e Roberto Martínez o acompanharam, todos eles diabéticos tipo I.

Juntos começaram a expedição no dia 31 de agosto de 2012, caminharam durante sete dias desde Lukla até o Campo Base, e chegaram ao topo dia 10 de setembro. Em todo momento estiveram monitorados por seus médicos pessoais, que lhes indicavam como regular a insulina. Definitivamente, como explicam estes cinco alpinistas espanhóis, cada tablet transformou-se em um médico de bolso.

“A Federação Internacional da Diabete me deu o Aro Azul, sua máxima distinção em nível mundial. Por isso minha ideia é levar jovens diabéticos da Europa até o campo Base do Evereste neste ano, jovens diabéticos da América do Sul em 2014, e jovens diabéticos de ambos continentes em 2015; mas preciso de patrocinadores para que me ajudem a pagar esses gastos”, conta Feijoo esperançoso. Ele é um esportista radical que confia no trabalho em equipe. E confia, também, em que a alma mater da telemedicina é maximizar o potencial das TIC para melhorar a qualidade de vida dos pacientes crônicos.

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