Transparência e diminuição de erros no ambiente clínico-hospitalar

HIBA

«»Quanto custa uma vida?»», perguntou a doutora Cáceres ao reflexionar sobre o investimento requerido para a administração tecnológica de medicamentos.

Nas VIII Jornadas Universitárias HIBA 2013, Nora Cáceres, chefe do Serviço de Farmácia do Hospital Italiano;  Mario Abitbol, líder de Desenvolvimento de Saúde da GS1 Argentina; e Estela Izquierdo, chefe e diretora técnica do Serviço de Farmácia do Hospital Güemes, participaram no painel “Traçabilidade de Medicamentos”, coordenado por Damián Borbolla, chefe da área de Informática Clínica do Hospital Italiano.

O Sistema Nacional de Traçabilidade de Medicamentos (SNT)

«»A possibilidade de erros sem tecnologia é altíssima”, afirmou Mario Abitbol em referência à dispensação de medicamentos. E afirmou: “Na Argentina a rede de distribuição é muito complexa»».

Também referiu-se ao SNT e ao desenvolvimento que está sendo implementado no país: «»Como paciente, estou feliz de que exista um processo tão marcado de traçabilidade de produtos»».

Segundo Estela Izquierdo, para implementar a traçabilidade de medicamentos requer-se trabalhar em equipe. «»O SNT permite estabelecer transparência e ter uma maior proteção. É algo muito bom para o paciente e para todos os que trabalhamos»», disse.

Por sua vez, contou que no Sanatório Güemes já falavam de traçabilidade interna para gerar diversos controles antes de lançar a iniciativa governamental, e mencionou que as etapas fundamentais no processo traçável são: recepção, armazenamento, reembalagem, distribuição, dispensação e administração.

Por sua parte, Damián Borbolla explicou como registram os medicamentos no Hospital Italiano de Buenos Aires. «»Realizamos um estudo para ver qual é o dispositivo ideal para que os enfermeiros realizem o registro de forma ótima»», detalhou. Logo distinguiu que o uso de pulseiras e medicamentos com códigos e leitores -mais a capacitação dos funcionários- é essencial para a administração de medicamentos. Nesse sentido destacou: «»A administração à cabeceira do paciente reduz até 50% do erro»».

Representação terminológica de insumos farmacológicos

“Buscamos segurança do paciente e qualidade de atendimento”, afirmou o doutor  Santiago Wassermann, médico da Área de Informática Clínica do Hospital Italiano de Buenos Aires, ao inaugurar a palestra “Representação terminológica de insumos farmacológicos” durante o HIBA 2013.

Na palestra, o doutor dialogou acerca do controle terminológico de medicamentos e do sistema de prescrição eletrônica (SPE), que -segundo dados extraídos de literatura médica- permite reduzir erros sérios em medicação em 55%.

“Foi necessário criar um novo vocabulário de interface para a compatibilização entre os vocabulários utilizados nos produtos comerciais e o que usam os médicos para prescrever e indicar a posologia”.

Wassermann comentou que o SPE do Hospital Italiano se nutre de informação de fármacos com dados não estruturados, informação de laboratórios, farmacólogos, instituições e manuais como o Kairos, que se alimentam de produtos comerciais.+

Por último, destacou que ainda não existe um marco regulatório acerca de como distribuir esta informação, cujas fontes principais são os laboratórios.

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