Modelos de órgãos humanos impressos em 3D estão revolucionando a área da saúde

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Na área da saúde, as soluções de impressão 3D viabilizam modelos anatômicos impressos em 3D detalhados, que reproduzem órgãos humanos em diferentes materiais, cores e texturas. Ou seja, tornam ágil, viável e customizável a realização de estudos pré-cirúrgicos fundamentais para melhorar procedimentos, reduzindo custos e proporcionando, aos pacientes, tratamentos personalizados e cirurgias mais precisas, ministradas por profissionais mais preparados e inovadores. A Stratasys, empresa de soluções de impressão 3D e manufatura aditiva, atua fortemente junto ao setor de saúde em diversos países. Isto porque suas tecnologias FDM e Polyjet contribuem de modo significativo para otimizar recursos, melhorando a performance dos profissionais da área e, consequentemente, os resultados para os pacientes.

“Hoje, as tecnologias de manufatura aditiva têm excelente receptividade junto aos profissionais de diversas especialidades. Isto porque eles reconhecem seu potencial para aprimorar a qualidade dos serviços – algo essencial quando se lida com saúde e bem-estar das pessoas”, afirma Paulo Farias, diretor geral da Stratasys no Brasil. O executivo acrescenta ainda que as soluções de impressão 3D aumentam a previsibilidade nas cirurgias, minimizam riscos e imprevistos, além de reduzirem o tempo dos procedimentos e de anestesia. Com isso, diminuem de forma significativa os custos e otimizam recursos, como o uso das salas de cirurgia, por exemplo, contribuindo para a melhor recuperação de pacientes.

Um dos casos brasileiros mais conhecidos é o do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, cuja divisão de tecnologias tridimensionais já participou de mais de 5.000 projetos de prototipagem e manufatura rápida para empresas pequenas, médias e grandes na área médica. Anualmente, esta área dá suporte, em média, a 100 hospitais, no que diz respeito à aplicação das tecnologias 3D em casos médicos desafiadores – cirurgias cranianas, de face e ortopédicas. Desde 2005, já empregou a impressão em 3D em 3.000 casos para aumentar a precisão do planejamento cirúrgico, o sucesso das intervenções e a redução do custo do tratamento. Um exemplo emblemático de sua atuação foi o caso de um menino de 12 anos, que sofreu um acidente e perdeu parte da caixa craniana, o que exigiu a realização de uma cirurgia de reconstrução da cabeça.

“Para evitar deformações e outras complicações, advindas do futuro crescimento do menino, nossa equipe multidisciplinar desenvolveu uma prótese adaptável, com quatro partes, sobrepostas uma à outra e que, ao longo do tempo, deslizavam suavemente. Isto permitiu que as dimensões da prótese acompanhassem o aumento do espaço craniano. O projeto foi criado em 2007 e hoje o paciente é um adulto, com vida normal”, explica Pedro Yoshito Noritomi, pesquisador do Departamento de Tecnologia Tridimensionais do CTI Renato Archer.

Outro exemplo é a BioArchitects, que atua como uma consultoria de alto nível de hospitais, clínicas e médicos, que buscam o estado da arte em diagnóstico, planejamento de cirurgias com auxílio de biomodelos e próteses desenvolvidas a partir de exames do próprio paciente. “Acreditamos que o futuro das próteses e dos biomodelos é a customização total – cada corpo tem sua anatomia própria e somente um modelo construído sob medida para aquele paciente cumprirá plenamente sua missão”, diz Felipe Marques, CEO da BioArchitects.

Para atingir seus objetivos, a equipe BioArchitects, que é pioneira neste segmento no Brasil, transforma exames de imagem, como tomografias, ressonâncias magnéticas e PET Scam, em arquivos e protótipos em 3D. A empresa trabalha há alguns anos com uma impressora Stratasys Connex3, baseada em tecnologia PolyJet. Recentemente, adquiriu a mais moderna impressora da empresa – a Stratasys J750, que é a única full color do mundo, capaz de produzir protótipos em cores variadas, com nitidez e em múltiplos materiais numa única impressão 3D, o que elimina a demora nos processos e garante ainda mais nitidez, qualidade e agilidade à criação dos protótipos.

Mas a Stratasys também tem casos de sucesso interessantes no exterior, como da Limtiless Solucions (EUA), uma organização que produz membros humanos biônicos e busca fornecer a preços acessíveis ou gratuitamente para auxiliar na recuperação de pacientes. As próteses biônicas são personalizadas e produzidas em poucas horas em uma impressora 3D de tecnologia FDM doada pela Stratasys.As crianças recebem as próteses gratuitamente; pois são feitas por alunos de engenharia, medicina e design, que dedicam tempo e habilidades de forma voluntária a Limtiless. Os custos dos materiais são cobertos com a arrecadação de fundos. Recentemente, Paulo Costa Boa Nova, um garoto brasileiro de seis anos, fã de futebol, que perdeu a mão devido a uma doença genética, foi selecionado entre centenas de candidatos e beneficiado com uma prótese impressa em 3D. Quando a prótese de Paulo ficou pronta, ele e o pai viajaram para a Flórida a convite da Orlando Health, onde fica instalada a LImitiless, e o garoto recebeu a mão biônica, impressa em plástico ABS resistente e com as cores do Fluminense, das mãos do jogador de futebol Kaká, no campo de treinamento do Orlando City Soccer Club, equipe da qual o astro brasileiro é capitão.

As possibilidades de uso das soluções de impressão 3D pelas empresas de saúde se multiplicam ano a ano. “Com a sofisticação dos equipamentos e diversidade dos materiais para impressão, a tendência é que tenhamos cada vez mais aplicações neste e em outros setores. A aplicabilidade cresce à medida que conhecemos novas demandas empresariais”, completa Farias.

Fonte: http://www.hospitalar.com/

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