Colômbia apresenta sua agenda para saúde digital e interoperabilidade de prontuários eletrônicos.

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O «Arranque» da agenda de transformação digital e interoperabilidade para o setor da saúde para os próximos 10 anos foi apresentado pelo Ministro da Saúde e Proteção Social, Fernando Ruiz Gómez, e pela Chefe do Gabinete de Tecnologia da Informação do Ministério, Constanza Engativa Rodriguez.

No evento organizado pela Universidade Nacional Aberta a Distância -UNAD- a Pontifícia Universidade Javeriana e o Banco Interamericano de Desenvolvimento -BID-, o chefe do ministerio da saúde, Fernando Ruiz Gómez, destacou que a pandemia de covid-19 acelerou o fortalecimento a prestação de serviços por meio de telessaúde, gestão de grandes quantidades de dados e informações, georreferenciamento, atendimento extramuros e outros usos da saúde digital e que o desafio atual é «definir quais tecnologias e usos aplicados vieram para ficar por sua relação custo-benefício, resultados de saúde, preferências do usuário e quais não».

Em seu discurso, o Ministro indicou que desde 2019 a Colômbia estabeleceu os parâmetros para a prática da telemedicina, suas categorias, o uso de meios tecnológicos, a qualidade e segurança do atendimento, bem como o manuseio de informações e dados, que serviram para desenvolver capacidades durante toda a emergência de saúde. Ressaltou ainda que «pela necessidade de atender pacientes fora dos serviços de saúde, passamos de um milhão para seis milhões de teleconsultas mensais. Isso deve ser mantido como um elemento importante em nosso sistema de saúde».

Segundo o responsável, para muitos países, incluindo a Colômbia, é necessário pensar em políticas nacionais de saúde digital que integrem as tecnologias da Quarta Revolução Industrial no sistema de saúde, desde o atendimento individual à saúde pública. Daí surge a Política de Saúde Digital, que busca integrar tecnologias e sistemas de informação digitais em torno do Sistema Geral de Previdência Social em Saúde, seus atores e capacidades de forma diferenciada, com o objetivo de alcançar atenção integral, acessibilidade e oportunidade, bem como a eficiência no uso de recursos e na tomada de decisões em saúde pública.

Esta política, segundo Ruiz Gómez, responde a uma visão conjunta, intersetorial, que permite ao sistema de saúde adaptar-se à nova realidade que a pós-pandemia implica; com eixos transversais e ações definidas para a transformação digital, marco regulatório e de governança, geração de capacidades de infra e infoestrutura e gestão para a tomada de decisões, definição de funções e responsabilidades dos atores, que permitem posicionar a pessoa como centro do sistema.

Nesse sentido, o Ministério da Saúde está trabalhando em uma agenda de dez pontos ou decálogo em que foram definidas ações, programas e políticas para transformar o sistema de saúde em suas deficiências. Dentro desse decálogo, a saúde digital ocupa um papel essencial e pode-se dizer que é o maior desafio atual do sistema.

Apesar dos avanços e perspectivas que essa agenda tem, o ministro Ruiz reconheceu que há desafios importantes nos processos técnicos para gerar essa transformação digital e interoperabilidade: «ainda temos que construir os processos regulatórios. Essa é a informação mais sensível e valiosa, é o que nos permite projetar modelos assistenciais e de saúde, modelos de gestão de risco e assistenciais».

Adicionalmente, o ministro destacou que o roteiro contempla um plano para a adoção da interoperabilidade do prontuário médico; unidade de análise de dados de saúde; fortalecimento do Minsalud Digital e das RIAS (Rotas Integrais de Atenção em Saúde); certificados on-line; portal de contratos de saúde; integração de sistemas de informação previdenciária; subsistema integrado de informações financeiras; e Política de Saúde Digital.


Por sua vez, a engenheira Constanza Engativá Rodríguez, Chefe do Gabinete de Tecnologia da Informação do Ministério da Saúde, aprofundou o progresso da Colômbia na definição e implementação de sua agenda de transformação digital para o setor de saúde e interoperabilidade da informação do Prontuário Eletrônico. «Em termos de interoperabilidade, está previsto um teste piloto para o mês de junho em duas sub-redes públicas do país», explicou.

A agenda de saúde digital da Colômbia para os próximos 10 anos:

  • Plano de Adoção de Interoperabilidade de Prontuários Médicos
  • Unidade de Análise de Dados de Saúde
  • Fortalecimento do MinSalud Digital e seu uso para Rotas Integrais de Atenção à Saúde (RIAS)
  • Certificados on-line (vacinação COVID 19, teste, União Européia)
  • Portal de Contratos de Saúde
  • Integração de sistemas de informação previdenciária (Sistema de Afiliação Transacional)
  • Subsistema integrado de informações financeiras
  • Reforço da oferta de serviços e capacidade instalada de telessaúde e telemedicina conseguida através da autorização temporária
  • Formulação de instrumentos de política que implementam a saúde digital na Colômbia
  • Roteiro de Saúde Digital 2022-2031
  • Saúde Pública no PDSP 2022-2031
  • Saúde Digital na Segurança da Saúde 2022-2026
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