O protótipo da máscara possui um sensor embutido capaz de distinguir diferentes estados de respiração. A informação que coleta é transmitida remotamente e em tempo real.
Uma equipe de pesquisadores da área de Ciência e Engenharia de Materiais da Universidad Rey Juan Carlos (URJC) projetou uma máscara inovadora e de baixo custo capaz de monitorar remotamente a respiração.
O protótipo possui um sensor embutido, que pode ser colocado em qualquer máscara convencional. “É baseado em uma matriz polimérica altamente flexível dopada com nanoestruturas de carbono, o que lhe confere um peso muito baixo e alta sensibilidade a pequenas deformações”, explica Alejandro Ureña, pesquisador da URJC.
O sensor consegue distinguir diferentes estados de respiração através das pequenas deformações que o material sofre por estar preso à máscara.
“A detecção dessas microdeformações é possível graças às mudanças na condutividade elétrica experimentadas pela rede de nanoestruturas de carbono que está integrada à matriz polimérica do sensor”, explica Ureña, acrescentando que o sistema pode transmitir todas as informações remotamente e em tempo real para computadores, telefones celulares ou relógios inteligentes.
O protótipo pode ajudar a combater futuras pandemias, além de ser muito útil para diferentes aplicações em hospitais. Por exemplo, os centros poderiam concentrar os pacientes ou agilizar o teleatendimento domiciliar. A sua utilização também é útil para controlar a exposição dos trabalhadores a condições extremas, uma vez que os materiais utilizados são resistentes ao fogo, fumaça ou humidade.
Da mesma forma, a máscara pode ser usada por profissionais de saúde, cidadãos que vivem em ambientes altamente poluentes e enviar seu sinal de respiração para plataformas de internet (IoT) a grandes distâncias.
A invenção foi desenvolvida pelo Dr. José Sánchez del Río Sáez, professor do Departamento de Engenharia Eletrônica, Elétrica, Automática e Física Aplicada da Escuela Técnica Superior de Ingeniería y Diseño Industrial (ETSIDI) (UPM), juntamente com Antonio del Bosque e Antonio Vázquez, da Universidad Rey Juan Carlos (URJC). A eletrônica foi feita, juntamente com o Dr. Sánchez del Río, pelo aluno do TFG, David Patrizi, da ETSIDI.
Fontes:
https://www.etsidi.upm.es/?id=32c3284666b74810VgnVCM10000009c7648a____&prefmt=articulo&fmt=detail