O prontuário médico eletrônico é, talvez, um dos avanços mais radicais no desenvolvimento de ferramentas para melhorar a qualidade no atendimento médico. No entanto, desacertos em seu uso podem ocasionar problemas maiores.
Quais são os principais pontos de atendimento que se deve ter na hora de desenvolver uma solução de HCE e garantir sua interoperabilidade? Segundo o doutor Doug Fridsma, Chief Science Officer e diretor do Departamento de Ciências e Tecnologias do Departamento da Coordenação Nacional para as Tecnologias da Informação em Saúde dos Estados Unidos, a resposta para esta pergunta é: adoção, padrões, privacidade, segurança e governo.
“A privacidade e a segurança são duas questões fundamentais na hora do desenvolvimento de sistemas de prontuário médico eletrônico, ninguém aceitaria intercambiar dados em um serviço não confiável”, afirmou Fridsma, um dos oradores destacados na temática de interoperabilidade durante a HIMSS14.
Por outro lado, o doutor afirmou que as etapas 1 e 2 do meaningful use (MU) dos prontuários médicos eletrônicos contribuíram muito para a interoperabilidade no intercâmbio de informação médica. No entanto, o ex-professor do Departamento de Biomédica Informática na Universidade de Arizona enfatizou que falta muito trabalho por fazer.
Além disso, opinou que a relação entre a equipe de tecnologia e os responsáveis pelas regulações é essencial. “Se perguntarem aos técnicos e desenvolvedores qual é a maior barreira rumo à interoperabilidade, afirmarão que são as regulações e necessidades do negócio; se perguntarem aos encarregados da regulação, afirmarão que são as complexas tecnologias”, explicou Fridsma.
«»Não podemos permitir que a busca pela perfeição seja um obstáculo»», afirmou. E logo acrescentou: «»Nunca vamos desenvolver soluções de interoperabilidade em um comitê, nunca o faremos em uma audiência, não vamos fazê-lo em um piloto. Mas vamos conseguir quando as pessoas começarem a utilizar as normas que já estão disponíveis»».
Por sua vez, o diretor do Departamento de Padrões e Serviços na e-Health dos Centros de Serviços da Medicare e Medicaid, Robert Tagalicod, antecipou na abertura da HIMSS14 que durante o outono norte-americano a CMS lançará um informe de propostas de regulação para a Etapa 3.
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