Por Aghata Gerlo
Com motivo da celebração da terceira edição do CAIS (Congresso Argentino de Informática e Saúde) realizado na Universidade Nacional de La Plata, Buenos Aires, Argentina, a Diretora da openEHR Foundation, Jussara Macedo, fez uma exposição sobre Terminologias Clínicas na openEHR e sobre o presente e o futuro da organização internacional.
Antes da sua apresentação pudemos entrevistá-la sobre o plano RES-National, um projeto do governo brasileiro que, em conjunto com a openEHR, buscará disponibilizar de maneira eletrônica e nacional toda a informação de saúde da população de maneira segura através da criação de um site do cidadão. Além disso, apoiará os profissionais e administradores da saúde brindando um serviço necessário para toda a comunidade.
Ao respeito, Macedo esclareceu: “O Brasil é um país que utiliza muito open source. É uma política do governo. Agora estamos buscando em conjunto que tudo seja traduzido ao português para que sirva a todos os brasileiros. A base de dados deve ser aberta para todos”.
Com o objetivo de garantir o funcionamento livre e aberto de seus serviços, a empresa conta com licenças internacionais como a Creative Commons. Entretanto, necessita ser financiada de alguma maneira para continuar funcionando e criando ferramentas úteis para a melhoria do atendimento de saúde mundial. Por isso contam com o apoio da UCL (University College London) e da Ocean Informatics, empresa da Austrália sobre informática em saúde, para sustentar seus gastos.
Agora, no CAIS a grande incógnita é: Pode existir um plano similar ao do Brasil sobre informática em saúde na Argentina? Jussara vê essa possibilidade com bons olhos. «»Há dois meses vim à Argentina e nos disseram que estão seguindo o trabalho que estamos realizando em meu país. Mas querem que lhes garantamos que isto será estável e que a forma de uso da openEHR não mudará em 10 anos. Se o modelo triunfar no Brasil, a Argentina poderia adotá-lo sem gastar muito dinheiro porque todas as sofisticações já estarão criadas. Esse é o ponto, voltar a usar o que fomos criando e não começar um processo desde zero»».