Rumo à integração das Tics nos sistemas de saúde regionais

Entrevistas

Por Daniela Chueke 

 

Erica Rosolen é a jovem diretora do centro de estudos TICSA da Universidade ISALUD. Depois de dez anos de residência na Itália, trabalhando em Dedalus, HealthCare System Group, uma empresa com 500 funcionários, com foco em sistemas de saúde, cloud computing em saúde e sistemas de informação hospitalares, esta jovem profissional argentina ansiou voltar ao país. Assim decidiu participar em uma convocatória do Programa Raízes do Ministério de Ciência e Tecnologia argentino sobre como aproveitar a cooperação internacional para fortalecer o sistema produtivo nacional. Graças à sua proposta foi selecionada como parte do grupo de científicos e profissionais para repatriar. Também através desta proposta entrou em contato com a Universidade ISALUD, que estava gerando um novo espaço de vinculação da universidade com organizações internacionais através de ações relacionadas com as tecnologias de informação e comunicação aplicadas na saúde.

Atualmente é a diretora deste grupo o qual define como «»um espaço aberto da Universidade, formado para o estudo das TICs na saúde e na sua integração com os sistemas regionais de saúde, em cooperação com todos os subsetores, tanto públicos como de segurança social ou privados»».

Para saber mais sobre o que este grupo faz, que já é protagonista substancial do mundo das TICs para a saúde na região, a EHealth Reporter Latin America  entrevistou a licenciada Rosolen.

 

 

EHealth Reporter Latin America: Por que a TICSA foi criada? 

Erica Rosolen:  Foi uma ideia impulsionada pelo Dr. James Spadafora, Secretário de Extensão Universitária da Universidade ISALUD, Médico especialista em Administração Hospitalar e Diretor da carreira de pós-graduação nesta especialização. A universidade oferece inúmeras atividades de assessoria e assistências técnicas às organizações que prestam serviços de saúde e, neste momento o que mais lhes requerem são projetos para incorporar tecnologias da informação e comunicação. A partir do diagnóstico desta situação, surgiu a iniciativa de formar, na Universidade, um espaço interdisciplinar de referência para aqueles que trabalham com TICs no âmbito da saúde.

 

EHRLA: Em que consiste este espaço? 

ER: Somos um grupo de especialistas como voluntários que nos reunimos semanalmente com o objetivo de desenvolver linhas de pesquisa para ajudar a gerar e aprofundar conhecimentos sobre a aplicação das TICs na saúde, e para difundir novos conhecimentos, projetos e experiências relacionadas com este tema. 

  

 

EHRLA: Como foi o resultado das Primeiras Jornadas em TICs de Saúde realizada dia 22 de junho?

ER: Esse encontro foi a oportunidade de inaugurar oficialmente o centro de estudos e pesquisas TICSA da ISALUD, e também a ocasião em que se reuniu o grupo de trabalho internacional das TICs e Saúde ELAC 2015, onde a Universidade tem a vice-presidência, para avançar no plano de trabalho 2013 do grupo.

 

 

EHRLA: Conte-nos um pouco mais sobre o ELAC 2015

ER:  É um fórum coordenado pela CEPAL com um plano de ação regional para motivar os governos da América Latina e do Caribe para que impulsionem as tecnologias da informação e das comunicações como instrumentos de desenvolvimento de forma mais equitativa. Não está apenas orientada à saúde, mas tem como objetivo universalizar o acesso à banda larga de alta qualidade e incorporar as TICs em atividades produtivas, os serviços públicos, a educação, a saúde e o governo.

 

EHRLA: E participam de quais outras iniciativas em nível regional?

ER:  Desde o TICSA estamos colaborando com a OPS (Organização Pan-americana de Saúde) para implementar a Estratégia e Plano de Ação de eSaúde das Américas, já que busca desenvolver um mecanismo regional que assegure a convergência de iniciativas locais, nacionais e regionais, relacionadas com o desenvolvimento, a adoção e a aplicação das TICs para a saúde pública, assim como apoiar os tomadores de decisão para que preparem as condições requeridas para o futuro próximo. No projeto da OPS, intitulado «»Conversas sobre eSaúde»», o TICSA atua como referente e modera os seguintes diálogos: Gestão de eSaúde, Segurança do paciente e Questões legais. Lembremos que sua ação é baseada nos componentes da estratégia regional de eSaúde.

 

EHRLA: O TICSA também proporciona consultorias de capacitação?

ER: Sim, essa é outra da nossa razão de existir. Temos uma equipe de profissionais altamente capacitados no campo e estamos em condições de realizar assessorias, assistências técnicas e capacitações em todos os níveis de condução das organizações reitoras, financiadoras e prestadoras de serviços de cuidados da saúde. A nossa intervenção está orientada a facilitar a implementação das TICs impulsionando, desenvolvendo e implementando projetos para a melhoria do desempenho das organizações.

 

 

EHRLA: Como universidade, que planos vocês têm em matéria educativa sobre o uso das TICs em Saúde? 

ER: Estamos instrumentando uma série de capacitações em diferentes formatos, destinadas aos níveis e de gestão das organizações reitoras, financiadoras e prestadoras de serviços de cuidados da saúde, com a finalidade de outorgar ferramentas para contribuir para melhorar o desempenho dessas organizações. Como exemplo recente, durante a 11 ª Conferência de Capacitação Hospitalar da ExpoMedical 2012, a Universidade deu a Conferência «»Implementação de um sistema de Prontuário Médico Eletrônico no Primeiro nível de Atendimento Público. Caso de êxito Experiência na Província de Salta»» com quase 300 participantes. Além disso, temos incorporado a questão das TICs em alguns dos programas acadêmicos da Universidade, e lançamos o curso universitário de Informática aplicada à saúde.

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