Na segunda-feira, durante a HIMSS13, foi anunciada uma aliança sem precedentes: alguns peso pesados das TI comunicaram sua decisão de unir forças para colaborar em benefício da interoperabilidade.
Altos executivos da Cerner, McKesson, Allscripts, athenahealth, Greenway e RelayHealth ofereceram uma conferênca de imprensa na qual apresentaram a nova associação, chamada CommonWell Health Alliance.
Os especialistas referiram-se à organização como a primeira de sua classe, ao tratar-se de uma colaboração entre vendedores rivais que se unem para facilitar a integração do cuidado e da liquidez dos dados.
Na segunda-feira pela manhã, John Hammergren membro da junta e CEO da McKesson disse que esta organização independente e sem fins de lucro representa uma aproximação da indústria para resolver um dos problemas mais espinhosos das TI em saúde.
Hammergren disse que é algo no qual «»esperamos que todos participem conosco”.
Com a mira posta em melhorar a qualidade reduzindo os custos, a CommonWell Health Alliance busca facilitar o acesso aos dados entre os sistemas e configurações, sempre que se conte com a autorização dos pacientes.
“Um dos desafios chave que enfrentamos é não só lograr a informatização do cuidado da saúde, senão brindar um cuidado conectado e conjunto”, disse Hammergren. «»A liquidez dos dados é necessária para lograr que este objetivo seja alcançado.»»
Enquanto a aliança trabalhará para lograr uma infraestrutura nacional com plataformas e políticas comuns, as empresas tecnológicas e todos aqueles que desejem associar-se a elas, trabalharão para conseguir uma interoperabilidade em toda a nação, disseram os executivos.
Neal Patterson, cofundador, CEO e presidente da Cerner, disse que é tempo de que os vendedores, ainda quando continuem competindo no Mercado, deixem de lado seus silos de dados. “Nosso governo não vai resolver este problema”, afirmou.
Por sua parte, o CEO e Chairman da Athenahealth, Jonathan Bush, declara que a missão de CommonWell está alinhada com a razão de ser de sua própria empresa: «»uma espinha dorsal nacional de informação de saúde que permita que a medicina trabalhe como deveria”.
Já que «»não se pode construir um eixo de informação que só exista no lado do mundo de cada um”, acrescentou, um projeto como este simplesmente tem sentido.»»Há uma tremenda quantidade de informação eletrônica»», disse Greenway presidente e CEO da Tee Green. «»Mas há muito pouca informação líquida»».
Já é passado, disse Bush, para «»fazer girar a roda»» no intercâmbio de dados através de tecnologias díspares.
Por Mike Miliard, Managing Editor Healthcare IT News
Para contribuir para tal fin, a infraestrutura nacional da aliança –que se lançaria no próximo ano- será construída em base a diversas capacidades centrais que permitirão a integração entre os sistemas e as configurações.
Estas incluem serviços de vinculação de pacientes transversais que ajudarão os provedores a coincidir os dados dos pacientes ao mesmo tempo que transferem os dados entre as diferentes instalações sanitárias; ferramentas de administração de acessos que ajudem a compartilhar autorizações que respondem às diretivas da HIPAA (que se exigem aos prestadores de saúde nos Estados Unidos) e localizador de prontuário médico de pacientes que permitirá aos provedores poder oferecer os prontuários médicos e, mediante autorização prévia, compartilhar os dados dos pacientes em cada episódio de atendimento.
“Somos competidores”, disse Patterson. «» Vamos voltar cada um pra sua casa e competir”. Mas, acrescentou “estamos aqui porque temos um sistema de valores em comum”.
“Este é um primeiro passo, esperançador, para a adoção massiva desta estratégia”, disse Hammergren.
