Durante a vigésima edição da Feira Hospitalar, aconteceu em São Paulo a segunda edição do seminário Hospitalar Digital Health. O evento, direcionado aos profissionais de saúde e de planejamento dos municípios, debateu a valorização do profissional por meio de tecnologias e a educação à distância para o segmento.
A sessão sobre recursos tecnológicos visou mostrar as soluções já existentes, assim como maneiras de implementá-las. O gerente de desenvolvimento José Bruzadin trouxe as soluções da Intel para telemedicina e telessaúde, destacando que “todos os países têm hoje o mesmo desafio: trazer soluções para os cuidados de saúde em qualquer lugar e a qualquer momento”.
Os ambientes interativos de aprendizado foram um dos focos da fala do Prof. Dr. Chao Lung Wen, chefe da disciplina de telemedicina da FMUSP. Para Wen, “a educação deveria ser livre, em qualquer local e momento”. O professor destacou a importância, para os profissionais de saúde, da constante atualização na área. Sobre o uso do prontuário eletrônico, o docente ressaltou vantagens como a segurança, a padronização das informações e a facilidade de compartilhamento. Wen falou ainda sobre o projeto de desenvolver uma rede social para a troca de ideias entre profissionais do segmento de e-health.
Katia Galvane Luiz, gerente da divisão de negócios e-Health da Telefônica Vivo, falou sobre o desenvolvimento da área na companhia. Segundo ela, “a acessibilidade em saúde serve para diminuir distâncias e resolver problemas da demanda”. A executiva ainda apresentou os produtos da Vivo no segmento de e-health, como o Vivo Gestão de Imagens Médicas, que, após a captura e leitura de imagens, disponibiliza-as em ambiente de nuvem, viabilizando o diagnóstico à distância e o compartilhamento de opiniões médicas. Já o Vivo Gestão de Saúde da Família, contou Katia, surgiu a partir de um encontro na Feira Hospitalar do ano passado, quando um secretário de saúde de um município do interior a procurou em busca de uma solução para conferir mobilidade para o programa Saúde da Família, criado para organizar os serviços de Atenção Básica do governo. Os agentes do programa trabalham em lugares remotos com formulários pesados e trabalhosos. A executiva enxergou aí uma oportunidade para telecomunicação e decidiu colocar tecnologia nas mãos dos agentes. Surgiu assim o produto, que além de conteúdo educativo para a formação profissional, tem agendamento web, a possibilidade de inclusão de biomedidas e de vídeo conferência com profissionais da saúde “Acessibilidade é o nosso mantra”, resumiu a gerente de E-Health.
Diretor de saúde da Microsoft para América Latina, Flavio Calonge usou seu “portunhol” para falar sobre três tendências de E-Health atuais:
– A explosão de dados.
– As informações em nuvem.
– O uso de dispositivos móveis, como o Ipad.
Para Calonge, todos os países da América Latina buscam hoje os mesmos objetivos: levar mais saúde mais longe e para mais pessoas – e a tecnologia é um dos caminhos para alcançar esses fins. Sobre as barreiras da aplicação de certas tecnologias, Calonge lembrou que há uma questão geracional relevante, já que nos últimos cinco anos as formas de lidar com a saúde passaram por grandes mudanças. A fala do especialista terminou com a importância do uso das redes sociais no setor para estudar os sentimentos dos pacientes em relação a hospitais e serviços médicos.
Ao final do encontro, a plateia pôde contribuir compartilhando experiências com a implantação de tecnologias de compartilhamento em suas instituições.
O evento contou ainda com as presenças da Dra Waleska Santos, presidente da Feira e Fórum Hospitalar e composta por Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado de Saúde de São Paulo, Ana Estela Haddad, da prefeitura de São Paulo, Heider Aurélio Pinto, diretor do Departamento de Atenção Básica, Secretaria Nacional de Atenção à Saúde, Ministério da Saúde e Antonio Valente, presidente do Grupo Telefônica Vivo.
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