Foto: Gentileza de Daniela Amdan, Grupo Convergência.
Por Fernando Gámiz
A décima edição da “Revolução Móvel América Latina”, realizada em Buenos Aires dia 28 de junho, contou com um debate especializado em m-health. Monitoramento de pacientes, prevenção, gestão e tratamentos são algumas das maneiras nas que se podem implementar os dispositivos móveis para um melhor serviço da saúde.
A saúde móvel é uma peça-chave para melhorar os serviços hospitalares?
Os três oradores que compartilharam seus conhecimentos e experiências na incorporação de novas tecnologias da saúde foram o Doutor Hugo Villafañe, Diretor Operativo da LamMovil; o Doutor Daniel Luna, Chefe do Departamento de Informática em Saúde do Hospital Italiano de Buenos Aires; e Raúl Urrutigoity, Head of Health Latam da Telefônica Digital.
Hugo Villafañe garantiu que o objetivo da LamMovil é integrar os dispositivos e levar a informação de monitoramento aos dispositivos móveis. Movihealth, desenvolvido pela companhia, é um sistema de apoio para o controle da saúde e uma ferramenta útil para realizar atividades preventivas e de seguimento. Seu funcionamento baseia-se na combinação de informação recopilada por diferentes equipamentos de medição de uso convencional como balanças, tensiômetros ou gleucômetros.
“O projeto da LamMovil é uma grande oportunidade para um sistema de informação mais participativo, já que mediante dispositivos móveis ou a web, médicos, pacientes e familiares podem realizar o monitoramento de todos os dados registrados”, detalhou.
A respeito da estimulação da relação entre o profissional e os usuários do serviço sanitário, o Doutor Daniel Luna comentou: “No Hospital Italiano usamos a saúde móvel para que o paciente possa ser um participante ativo de nosso sistema de informação”.
Além disso, o Chefe de Departamento de Informática contou que o objetivo é conseguir que os indivíduos possam autogestionar suas próprias necessidades. Por exemplo, a adaptação para dispositivos móveis da web do Hospital Italiano é um aplicativo que facilita a solicitação de horários, o acesso à informação, e a comunicação com a equipe de saúde através de um telefone celular, web ou mensagens de texto.
Entre os pilares prometedores da m-Health está a eficácia e a velocidade do serviço. Neste sentido, o Hospital Italiano estreou equipamentos de autogestão nas salas de espera para que o usuário possa ter os mesmos benefícios que nos dispositivos móveis ou na web enquanto espera ser atendido pelo motivo de sua visita. “Outras das curiosidades do software são o acesso à lista médica, à solicitação de medicamentos à domicílio e a busca de consultórios, entre outros benefícios”, contou Luna.
Seguindo esta perspectiva, Raúl Urrutigoity juntou-se à ideia de incentivar a m-Health e afirmou: “Em média sete de cada dez consultas podem ser evitadas e ser realizadas desde o domicílio, seja mediante dispositivos móveis, teleconsultas, mensagens de texto ou e-mails”. Por outro lado, o Chefe de Health Latam da Telefônica Digital indicou: “As novas tecnologias vão mudando, gerando uma nova opção e aí é onde podemos convergir à saúde”.
«»A tecnologia hoje permite que já não seja necessário levar os exames na mão, hoje em dia a informação está distribuída na rede e pode ser acessada em qualquer uma das instituições»», explicou Urrutigoity.
O encontro “A Revolução Móvel América Latina” deixou claro que a inclusão da TICs na vida diária é um fato e que a saúde móvel, particularmente, é uma via de transformação para: lograr uma relação mais sólida entre os profissionais e os pacientes, adaptar novas ferramentas, e conscientizar o cidadão sobre a importância de manter a lupa enfocada no controle de seu bem-estar.