Experiências em Informatização e projetos de digitalização hospitalar na Argentina e no Uruguai

HIBA

Durante a VIII Jornadas Universitárias HIBA 2013, o doutor Daniel Luna, chefe do Departamento de Informática em Saúde do Hospital Italiano, moderou o painel “Experiências em Informatização”.

Enfocado em expor e analisar os logros e desafios da implementação da TI no setor sanitário, o encontro contou com a participação da licenciada Ana Barbiel, coordenadora do projeto FEMI Saúde Digital; o licenciado Nicolás Passadore, responsável pela Área Informática de CMIC Neuquén; o engenheiro Gustavo Carolo, gerente do Hospital Garrahan; o doutor Juan Carlos Bacigalupo, diretor do Projeto Mauricio, e o doutor Hernán Navas, Chefe de Informática em Saúde do Sanatório Finochietto.

Projeto FEMI Saúde Digital

Ana Barbiel explicou o trabalho de integração do prontuário médico eletrônico em dois hospitais públicos e indicou que a iniciativa, conhecida como Projeto FEMI Saúde Digital, ocorreu no contexto da reforma do Sistema de Saúde do Uruguai.

Por sua vez, a licenciada comentou que a digitalização – impulsionada pela Federação Médica do Interior (FEMI)- foi possível graças ao apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento e ao governo nacional. E anunciou: “Em meados de 2015, o Uruguai terá 67% da sua população com prontuário médico eletrônico”.

Os objetivos do Projeto FEMI Saúde Digital, pensado para incorporar TIC no serviço assistencial uruguaio, são: transparência e qualidade no atendimento para o usuário, segurança e suporte legal para os profissionais e equipamentos de saúde, e eficiência e eficácia na Gestão Organizacional e Clínica. 

«»As áreas de desenvolvimento são prontuário médico eletrônico, quadro de mando integral e telemedicina»», detalhou Barbiel.

Projeto AVICENNA

Para melhorar a qualidade de atendimento através das TIC, a clínica neuquina CMIC trabalhou em um desenvolvimento próprio. Segundo Nicolás Passadore, o Projeto AVICENNA surgiu a fim de melhorar a qualidade de atendimento dos pacientes.

“Um sistema desenvolvido sob medida foi a melhor estratégia para a CMIC, porque tivemos que envolver toda a organização e realizamos uma implementação por módulos para equipar-nos gradualmente com o hardware necessário e, assim, pudemos avaliar o impacto da adaptação do usuário”, afirmou o licenciado.

Além disso, compartilhou alguns dos projetos que buscam concretizar no futuro: traçabilidade de medicamentos, identificação de pessoas e fármacos, sistema de suporte para a tomada de decisões, integração com serviços – TAC, mamografias e RM-, e assinatura digital.

Projeto informático do Hospital Garrahan: Triage e Pré-cirúrgico 

“Durante 2013 mais de mil médicos do Garrahan subiram prontuários médicos na rede”, afirmou Gustavo Carolo. Logo manifestou por que este foi um ano frutífero para o hospital argentino: “Lançamos os projetos NAT, PACS/RIS, e Prontuário Médico Informatizado em Internação e área ambulatória”.

Também antecipou que para o ano que vem apostam nas áreas de enfermagem e nas unidades de cuidados intensivos e neonatologia. “Buscamos incorporar indicações médicas (digitação do médico e validação com alarmes por validação)”, concluiu o engenheiro.

Também enfatizou o avanço que o Hospital de Niños teve em relação à Telemedicina, já que evita traslados desnecessários e permite proporcionar tratamentos e interconsultas pediátricas para diferentes regiões do país.

Projeto Mauricio

Como resultado da aliança de quatro instituições privadas uruguaias surgiu o Projeto Mauricio, que tomou o modelo do prontuário médico eletrônico do Hospital Italiano de Buenos Aires.

Juan Carlos Bacigalupo disse que durante o processo de adoção do PME aprenderam sobre governança e mencionou a necessidade de capacitar os profissionais da saúde. De igual modo destacou a importância de desenvolver sistemas de informação interoperáveis. “O mais básico é que permitam falar um mesmo idioma”, afirmou.

Segundo o previsto pelo doutor, o Projeto Mauricio será implementado em maio de 2014.

Projeto de digitalização do Sanatório Finochietto

A lavagem de mãos dos profissionais da saúde é uma preocupação constante, por isso o sanatório argentino resolveu traçar este hábito para melhorar a proteção do paciente. Perseguindo o mesmo objetivo, também, incorporou pulseiras com códigos QR para a tomada de amostras, estudos e medicação.

Após mencionar o crescimento tecnológico em digitalização do estabelecimento – centrado no atendimento integral do paciente-, Hernán Navas comentou que o sanatório é eco-sustentável e inteligente, já que para otimizar a eficiência dos processos implementaram registro online no PME de parâmetros emitidos desde o equipamento médico e preparação e fornecimento informatizado de medicamentos.

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