Segundo revelou o Ministério de Saúde do Peru (Minsa), 80 empresas –nacionais e estrangeiras- estão interessadas em participar nos estabelecimentos de saúde públicos do país mediante uma aliança mista (público-privada). O objetivo principal é investir em construção, equipamento e implementação de serviços não clínicos.
Cecilia Ma Cárdenas, assessora da carteira sanitária, garantiu que este APP (aliança público-privada) não significará privatizar os serviços de saúde.
A funcionária explicou que as empresas -provenientes de Canadá, Coreia, Espanha, México, Peru e Reino Unido- são especialistas na construção de hospitais e serviços de saúde. Por sua vez, detalhou que um grupo delas se encarrega do design, da construção, da gestão e o equipamento dos estabelecimentos.
O APP será cristalizado através de sete projetos que começarão a ser licitados este ano:
Em março será convocado o primeiro projeto, que oferece a gestão dos serviços não clínicos do Instituto Nacional de Saúde da Criança de San Borja. Até o momento, sete companhias já compraram as bases da licitação. “A empresa que ganhar será responsável pela manutenção dos equipamentos e infraestrutura do novo Instituto de Saúde da Criança”, afirmou Ma Cárdenas.
O segundo e terceiro projeto estão ligados à construção, o equipamento e a gestão dos serviços não clínicos do Banco de Sangue e Cordão Umbilical, assim como também do Hemocentro de Lima.
Por sua vez, o encarregado do quarto projeto trabalhará na gestão de resíduos sólidos biomédicos de todos os estabelecimentos de saúde da região metropolitana a capital peruana. «»Empresas serão contratadas para o tratamento e disposição final dos resíduos, assim como para sua recoleção y traslado»», afirmou a assessora.
O quinto e sexto projeto, em particular, estarão destinados a potenciar os hospitais Sergio Bernales e Dos de Mayo, qualificados como de nível III-1 por seus consultórios externos com diversas especialidades. Ma Cárdenas confirmou que ambos hospitais melhorarão sua infraestrutura, serão equipados e contratarão serviços não clínicos.
Finalmente, o sétimo projeto contempla a implementação do serviço de Telessaúde e Telemedicina para cobrir a demanda de exames e serviços de atendimento da população que vive em zonas distanciadas.
Quanto às licitações do resto dos projetos, Cecilia Ma Cárdenas especificou que as bases devem estar prontas para o fim do ano.
Fontes: Ministério de Saúde do Peru e Agência de Notícias Andina