Como parte do programa Salud.uy, da Agência para o Desenvolvimento do Governo de Gestão Eletrônica e a Sociedade da Informação e do Conhecimento (AGESIC) do Uruguai, apresentaram os resultados do Relevamento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em Saúde.
O programa, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e realizado pela Equipe Consultores, tem como objetivo a digitalização dos dados dos pacientes e a composição de um protocolo informático que gere uma série padronizada de procedimentos que facilitem o intercâmbio de informação entre prestadores.
“Em Salud.uy precisamos estabelecer uma linha base para ver como o país está com dados objetivos. Esse é o primeiro estudo feito no Uruguai acerca de como a saúde utiliza a tecnologia da informação»», indicou Jorge Forcella, diretor do programa. E acrescentou que o relevamento continuará sendo realizado nos próximos anos para analisar e avaliar mudanças.
Segundo o estudo, os profissionais da saúde entrevistados consideram que a digitalização:
a) Melhora os processos de trabalho em equipe, a qualidade do tratamento e as decisões com base em diagnósticos
b) Diminui a duplicação de exames e os erros de administração de medicamentos
c) Aumenta a satisfação dos pacientes
Informática:
-100% das instituições tem acesso a computadores e Internet banda larga.
-70% dispõe de uma área de informática.
-90% aplica políticas de respaldo da informação.
Prontuário Eletrônico do Paciente:
-25% dos usuários do sistema de saúde (846.328 pessoas) tem seu prontuário médico digitalizado.
-5% das instituições tem a totalidade dos dados do paciente digitalizados.
-64% tem a maioria em papel e outra parte digital.
-19% tem a maior parte em formato digital mas ainda usa papel.
-11% tem toda a informação em papel.
-12% das instituições pode enviar e receber informação do PEP até e desde outras instituições.
-66% das instituições integrais dispõe de pelo menos um aplicativo que permite o registro eletrônico dos dados.
Instituições integrais:
-92% da agenda de consultas ambulatórias é integramente eletrônica.
-90% dos dados do paciente está digitalizado.
-74% dos arquivos de resultado de laboratório são digitais.
-68% das admissões, transferências ou alta de pacientes está, em sua totalidade, disponível eletronicamente.
-50% dos exames radiológicos.
-Os registros eletrônicos em todos os processos de referência e contra-referência em 42%, e para diagnóstico do registro de condições de saúde do paciente, apenas 13% são totalmente eletrônicos.
Equipe Consultores tomou uma amostra de 600 profissionais (médicos, licenciados e auxiliares em enfermagem) e 97 gestores, diretores ou técnicos responsáveis pela área de TIC de estabelecimentos de saúde. As instituições relevadas foram: Instituições de Assistência Médica Coletiva (IAMC), emergências médico móveis, ASSE (RAP e hospitais em nível departamental) e todos os hospitais da Rede Integrada de Efetores Públicos de Saúde (RIEPS).