Estado de maturidade da Inteligência Artificial em hospitais privados

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A Anahp desenvolveu um mapeamento que busca entender o grau de maturidade dos hospitais no uso da tecnologia, bem como orientar a criação e o aprimoramento de soluções de IA para o segmento hospitalar.

Sem dúvida, a Inteligência Artificial (IA) surge hoje como uma ferramenta essencial para o setor da saúde, na procura de melhorar a gestão hospitalar e os cuidados de saúde. Com o objetivo de incentivar projetos de startups com foco em soluções de saúde, a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), entidade que representa os principais hospitais privados de excelência do Brasil, em aliança com a Associação Brasileira de Startups de Saúde (ABSS), realizou uma pesquisa entre seus associados, para coletar dados sobre o uso de IA em hospitais brasileiros.

Segundo Felipe Cabral, coordenador do GT de Tecnologia e Inovação em Saúde da Anahp e gerente médico de Saúde Digital do Hospital Moinhos de Vento, o material tem como objetivo entender o grau de maturidade dos hospitais no uso da tecnologia, bem como orientar a criação e aprimoramento de soluções de IA para o segmento hospitalar.

Dos 45 hospitais pesquisados, 55,1% dos entrevistados afirmam ter investido, nos últimos dois anos, em soluções que tenham IA como base para entregar valor na resolução de problemas e 62,5% afirmam já utilizar tecnologia em alguns de seus processos, incluindo a criação de chatbots de atendimento, ampliação da segurança da informação e suporte à decisão clínica, bem como na análise de imagens médicas. A pesquisa revela ainda que 51% dos hospitais que investiram em IA obtiveram resultados práticos.

“Estes dados são uma indicação de que a IA é considerada uma ferramenta importante para melhorar a eficiência, precisão e qualidade dos serviços de saúde. Porém, a forma como tem sido utilizada ainda está mais voltada para situações administrativas, tendo um campo de expansão muito amplo nas atividades clínicas”, detalha Cabral.

Da mesma forma, o estudo afirma que as instituições ainda encontram algumas barreiras para avançar na área. Entre os principais desafios citados estão a falta de interoperabilidade sistêmica e o elevado custo de implementação. A dificuldade de envolvimento do corpo clínico e a segurança dos dados também foram mencionadas como pontos a serem superados para o sucesso da implementação da IA.

Segundo Cabral, para conseguir maior segurança e apoio aos hospitais que procuram inovar, os reguladores e os profissionais de saúde devem acompanhar de perto o crescimento da IA ​​nos hospitais. Também para garantir que isso seja feito de forma ética e responsável.

“À medida que a tecnologia de IA avança, é provável que surjam novas aplicações e melhorias nas soluções existentes, tornando a IA ainda mais atrativa para os hospitais”, acrescenta o especialista.

Com a perspectiva de ampliar os investimentos em IA no setor hospitalar, o estudo indica ainda que 38% dos entrevistados acreditam que as startups podem trazer novas abordagens para os desafios de implementação de tecnologia.

Fontes:

anahp.com.br

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