Essas foram as palavras de Doreen Bogdan-Martin, Secretária Geral da ITU, durante o «AI for Good Global Summit 2023». Durante o evento, a responsável explicou 3 cenários possíveis para o futuro da Inteligência Artificial, enquanto nove robôs humanoides se juntaram para apresentar os seus pontos de vista.
Durante a cúpula convocada pela International Telecommunication Union (ITU) para reunir todos os atores envolvidos na concepção e regulação da IA, Doreen Bogdan-Martin, secretária-geral da entidade explicou que «hoje o mundo está enfrentando um novo salto tecnológico, talvez o mais profundo e importante dos últimos anos, pelo potencial que a Inteligência Artificial tem em múltiplas áreas da vida social e económica: desde a sua contribuição para a descoberta de curas de doenças até à sua utilização para a erradicação da pobreza».
No entanto, alertou que «o impacto futuro da IA será marcado pelas ações e decisões que múltiplos atores interessados tomam atualmente, a fim de avançar no desenvolvimento, mas, ao mesmo tempo, mitigar os riscos que essa tecnologia representa».
A responsável apresentou 3 cenários possíveis para o futuro da IA:
- A IA contribui para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e libera todo o seu potencial (ajudando a encontrar uma cura para doenças como o câncer, criar soluções para combater as mudanças climáticas ou gerar maneiras de erradicar a pobreza).
- Em vez de gerar benefícios, a IA aprofunda lacunas e problemas sociais como desinformação, perda de empregos humanos (com automação), instabilidade política, efeitos no meio ambiente, desconfiança dos cidadãos ou discriminação.
- A Inteligência Artificial tem impacto positivo em setores-chave como saúde e energia, mas ao se concentrar apenas em algumas áreas, deixa para trás outros setores e principalmente a população que ainda segue desconectada no mundo.
Por sua vez, nove robôs humanóides participaram da conferência para expressar suas opiniões sobre o futuro da IA. Entre eles, Grace, uma robô enfermeira desenvolvida pela Hanson Robotics e SingularityNET e Sophia, a primeira robô embaixadora da inovação do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), criada pela Hanson Robotics.
Os repórteres puderam fazer perguntas diretamente aos robôs, que concordaram que humanos e IA, trabalhando juntos, podem criar uma sinergia muito eficaz.
A conferência procurou mostrar o potencial da robótica e sua contribuição para os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, mas também destacar suas limitações.
Até o momento, a ITU recrutou um total de 51 robôs para o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD).
O objetivo é começar a usar robôs como aliados para enfrentar os desafios de desenvolvimento do futuro, como saúde, sustentabilidade e construção, mas também como assistentes em casos de catástrofes e emergências.
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