Informação estruturada ou não estruturada?

Columnistas

Esta disjunção afeta toda a informação manejada no hospital, mas nesta ocasião centralizarei meu artigo sobre a problemática referente às bases de dados de medicamentos atualmente disponíveis no mercado. Refiro-me, por um lado, aos vademecums nacionais (no idioma do país) de referência (formato papel ou web) – que oferecem informação difusa, incompleta (por ter como fonte de financiamento a indústria) e pouco estruturada. Isso dificulta bastante a sua integração em aplicações informáticas mas sobretudo impede sua vinculação com o Expediente Clínico Eletrônico em hospitais ou outros organismos de saúde. Quando oferecem alertas de interações, procedem de um cálculo de compatibilidade entre substâncias ativas independentemente da dose ou da via. Por outro lado, as soluções que manejam dados estruturados não vinculam a informação às marcas comercializadas em cada território e mostram sua informação em inglês, o que, em muitas ocasiões, supõe uma barreira para os clínicos que as utilizam, acostumados a manejar informação em espanhol.

Mas, como podemos vencer estas barreiras?

Vademecum Data Solutions supõe um complemento seguro às bases de dados de medicamentos norte-americanas às quais os profissionais da saúde recorrem. Isso é assim devido a que embebe os catálogos oficiais de medicamentos (publicados, por exemplo, pela COFEPRIS (México) ou pelo ISP (Chile), relacionando-os com seus potentes módulos CDS (Clinical Decision Support), os quais alertam o clínico de interações ou contraindicações a partir de uma prescrição por genérico ou marca comercial (sempre medicamentos autorizados no país).

Mesmo assim, cada item de cada produto está estruturado conforme as codificações interoperáveis que permitem ao clínico a comprovação de interações medicamentosas com a informação clínica disponível em espanhol e acessar a consulta de contraindicações em base a codificações internacionais tais como ATC, CIE10 e LOINC.

O auge da e-health na América Latina

Por outro lado, a América Latina situa-se na atualidade perante um desafio apaixonante onde a informatização da saúde ou e-health se refere, ou seja, está sendo realizada a implantação do Expediente Clínico Eletrônico (ECE), com todos os desafios que o leva associado. Para tal implantação é necessária informação transversal que seja acessível, tanto a clínicos e farmacêuticos como a técnicos informáticos que trabalhem nos hospitais e organismos de saúde e estejam envolvidos em projetos de implantação do Expediente Clínico Eletrônico (ECE) em seus respectivos centros.

Em complemento, o sucesso da Vademecum Internacional e Vidal – Grupo UBM Medica – em mercados tão específicos e diferentes como os Emirados Árabes Unidos, México, Honduras, Chile, Espanha e França mostra que os clínicos e organismos de saúde requerem um partner que ofereça soluções geolocalizadas tanto em termos de idioma como de informação administrativa local. Também é o fruto da análise de primeira mão das necessidades e particularidades existentes nesses países na hora de proceder com a adaptação da informação e de participar na implantação do ECE. Isso supõe uma vantagem competitiva enorme perante os padrões americanos reconhecidos como podem ser a MicromedexLexi-Comp (Wolters Kluwer) ou First Data Bank, entre outros.

Como indica Alejandro Mauro, Coordenador Nacional de Terminologias Clínicas e Padrões de Informática do Ministério de Saúde do Chile, em um recente artigo onde aludia a crescente informatização dos Sistemas de Saúde, o verdadeiro “hospital digital” ou “serviço de saúde digital” é aquele que logra assegurar o significado, a integridadeconfidencialidade disponibilidade da informação, permitindo o contínuo assistencial eletrônico interoperando com outros agentes dentro e fora do seu serviço. E isso só é possível com a integração de uma base de dados de medicamentos estruturada e codificada.

 

Please follow and like us: