Tecnologia como Diferenciador Competitivo Impulsiona Adoção de Prontuário Eletrônico (PEP) em Hospitais Brasileiros

Historia clínica electrónica (HCE)

 

A crescente competitividade entre hospitais privados no Brasil estimula o uso de sistemas clínicos como um diferenciador de mercado, aumentando assim a adoção de Prontuários Eletrônicos do Paciente (PEP). A necessidade de reduzir gastos em hospitais públicos e privados alimenta ainda mais as implementações de PEP no país.

Desta forma, é esperado que o mercado brasileiro de PEP seja um dos segmentos com maior crescimento no setor de TI para saúde do país. Um estudo recém lançado pela Frost & Sullivan, Electronic Medical Records (EMR) Market in Brazil, aponta que o faturamento deste mercado em 2012 foi de 145 milhões de dólares, devendo alcançar 336 milhões de dólares até 2018, a uma taxa composta de crescimento anual de 15%.

Implementações de PEP no Brasil têm crescido conforme instituições de saúde procuram maneiras de otimizar fluxo, controlar demandas do paciente, gerenciar informações e reduzir tempos de espera. Programas educacionais promovidos por companhias e associações locais de T.I na saúde vêm, com sucesso, aumentando a consciência e promovendo o uso de PEP no país.

“As principais barreiras para adoção do prontuário eletrônico em hospitais giram em torno da quebra de cultura no meio médico e na preocupação quanto à segurança de dados do paciente”, diz Gabriel Walmory Silveira, analista do mercado de saúde da Frost & Sullivan. “Padrões de certificação digital estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (Sbis) em conjunto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) para soluções PEP têm ajudado a aumentar a confiança para a adoção destes sistemas”.

Mesmo assim, a certificação concedida pela Sbis e CFM não inclui padrões de interoperabilidade. A falta de integração entre diferentes sistemas de T.I. em saúde restringe o desenvolvimento de um mercado de PEP mais sofisticado no Brasil.

A maioria das empresas locais fornecem o PEP como módulo de uma solução de gestão hospitalar (HIS) integrada. Fornecedores de HIS são responsáveis por mais de 80% do mercado de EMR, e essa carência de empresas específicas de PEP afeta o aprimoramento deste sistema.

Fornecedores locais estão gradualmente começando a oferecer soluções PEP mais robustas ao invés de sistemas focados essencialmente em gestão hospitalar. Esta é uma nova etapa entre as companhias locais e as mesmas precisam manter-se atentas às demandas locais e às novas tecnologias para conseguir competir com as multinacionais.

“Empresas de PEP estrangeiras podem ter sucesso no mercado brasileiro ao desenvolver parcerias com fornecedores locais de HIS, oferecendo uma solução clínica mais sofisticada já integrada em um software de gestão local’’ concluiu Silveira. “O mercado brasileiro está testemunhando diversas fusões e aquisições: a Alert, empresa portuguesa de PEP, realizou uma joint venture com a brasileira Benner, enquanto que a Philips comprou a Wheb-tasy e a Afga adquiriu a WPD.”

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