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Connect Day 2022: «A tecnologia pode fazer com que o conhecimento e a experiência cheguem a todos lados»

Coberturas PT Notícias

Sob o slogan «Unindo tecnologia, saúde e negócios», o Philips Connect Day 2022 aconteceu nos dias 19 e 20 de outubro em modo híbrido. Durante o evento, que reuniu executivos e importantes players do mundo da Tecnologia da Informação (TI) e gestão em saúde da América Latina para apresentar novidades e compartilhar as melhores práticas em saúde, diferentes soluções específicas para comunicação com o paciente, padronização de dados e previsões operacionais para organizações de saúde.

Por Rocío Maure

Hoje, todas as organizações de saúde conhecem a valiosa contribuição da saúde digital para as tarefas diárias e os procedimentos mais complexos. No entanto, diante de um grande número de alternativas e fornecedores, é necessário focar nos problemas específicos da organização e buscar soluções adequadas.

A Philips procura simplificar a tecnologia para que os profissionais de saúde possam se beneficiar dela sem enfrentar novos inconvenientes. Nesse sentido, a interoperabilidade desempenha um papel central para garantir uma experiência ágil do usuário e promover a colaboração.

O objetivo da interoperabilidade é conectar sistemas, departamentos hospitalares e regiões para transformar o atendimento clínico. Por sua vez, ele se retroalimenta da inteligência artificial (IA), pois os mecanismos de IA recebem dados de diferentes fontes graças à interoperabilidade, ao mesmo tempo em que retornam informações valiosas no momento certo para os dispositivos que precisam dessas informações.

Traduzida em soluções concretas, a Philips oferece a solução de problemas frequentes relacionados à comunicação com o paciente e a promoção do trabalho colaborativo entre os profissionais de saúde para garantir a adesão ao tratamento, a padronização do grande volume de dados gerados por uma organização de saúde e a possibilidade de prever o fluxo e condição dos pacientes.

A comunicação

«Os cuidados de saúde estão mudando da medicina reativa para a medicina proativa. O paciente deve ser responsável por sua saúde e por isso é importante projetar soluções que sejam consistentes com a jornada que o paciente percorre para receber o atendimento clínico”, disse Betzael Bravo, gerente sênior de operações corporativas da Philips e representante do Innovation Hub. Quão importante é reduzir a taxa de cancelamentos de última hora, aumentar a precisão do processo de encaminhamento e abordar deficiências operacionais para melhorar a satisfação do paciente? Esses são os 3 eixos que este especialista apresentou para sustentar a importância de ter uma comunicação fluida com o paciente.

O encaminhamento para um procedimento ou cirurgia implica que o paciente solicite uma consulta, confirme, receba uma lista de tarefas que devem ser realizadas (como ter um acompanhante no dia da consulta, tomar algum medicamento, usar dispositivos clínicos, etc.), receba um lembrete de questões obrigatórias antes do procedimento (como um jejum), e tudo isso geralmente é feito por meio de portais da web. «Estimamos que hoje apenas 30% dos pacientes completem essa jornada e recebam os cuidados necessários em tempo hábil», disse o referente.

Para facilitar o processo e melhorar esse número, a Philips criou o Patient Navigation Manager, uma ferramenta muito simples e de fácil acesso que envia mensagens de texto com lembretes relevantes. Esta solução é totalmente digital, pois as mensagens ou ligações são automáticas. «Fornecer uma ferramenta multicanal foi muito proveitoso, pois até nos comunicávamos por correio ou ligação automática, dependendo da preferência do paciente», explicou Bravo. Para esse tipo de comunicação, o portal web não é uma solução, pois exige que os pacientes se sentem em frente ao computador ou baixem um aplicativo, memorizem senhas, etc.

A chave para o sucesso desta solução multicanal é o algoritmo que determina quando e como entrar em contato com o paciente em tempo hábil. «Se melhorarmos a comunicação, os resultados melhoram», resumiu o especialista.

A estandardização

É sempre mais fácil dimensionar aplicações práticas com exemplos concretos. Por isso, Sergio García Casado, Responsável por Produtos de Sistemas de Informação Clínica em Imagem Cardíaca e Análises Avançado da Philips Iberia, apresentou 5 casos de sucesso de colaboração e otimização do fluxo de trabalho graças à solução IntelliSpace Cardiovascular, um sistema de gestão de informação e imagem que abrange todo o tratamento cardiovascular.

«Casos de sucesso são aqueles que demonstram que a tecnologia pode resolver problemas e superaram um determinado desafio», definiu o especialista, citando primeiro o caso da Baptist Health nos Estados Unidos, uma organização composta por 10 centros críticos e mais de 40 clínicas que gerencia mais de 200.000 estudos de cardiologia por ano, onde a solução foi utilizada para centralizar a gestão desse grande volume de estudos.

No entanto, o maior desafio é quando a rede se estabelece em nível nacional, como foi o caso da Arábia Saudita. «Lá existe um sistema único que dá acesso a todos os serviços de cardiologia do país e para isso é necessário um acordo multiinstitucional», explicou García Casado, que por sua vez destacou o desafio de gerenciar a mudança para muitos usuários.

«Era necessário gerar um sistema com uma arquitetura com base de dados central, mas também unidades satélites que fornecessem informações à central para superar problemas de conexão». Eles também estabeleceram um centro de comando para medir resultados, monitorar e avaliar o desempenho de profissionais e sistemas. Além disso, este painel centralizado permite que os especialistas tomem decisões sobre o paciente, tendo todos os registros disponíveis, e García Casado incitou que «o paciente deve deixar de ser nosso mensageiro».

Sem dúvida, o principal avanço é que não é necessário que o paciente compartilhe um consultório com o especialista, mas sim que um grupo de especialistas possa avaliar o caso remotamente. Esses tipos de ferramentas expandem as fronteiras do conhecimento e da atenção. «A tecnologia pode fazer com que o conhecimento e a experiência cheguem a todos lados. Colaboração significa que pessoas que são especialistas em um campo podem prestar atendimento a pacientes em áreas geográficas onde essa qualidade de atendimento não existe», disse o referente dessa solução.

Às vezes, o crescimento de uma solução não se mede apenas pelo número de usuários ou quilômetros alcançados, mas também pela possibilidade de ampliar as capacidades do sistema já implementado. Nesta história de sucesso, no sul da Suécia, há 8 anos a região estabeleceu que todos os seus usuários de ecocardiografia trabalham da mesma forma e esses relatórios chegam automaticamente aos RES. Este cliente quer capitalizar o investimento e está trabalhando na integração técnica para adicionar um novo sistema/fornecedor que ‘fale’ com o fluxo de trabalho que já funciona.

Por outro lado, na cidade espanhola de Múrcia, a mudança foi impulsionada pelo serviço público de TI da região, embora os cardiologistas tenham sido fundamentais para tomar a decisão. «O desafio foi acordar com 5 hospitais que até então não trabalhavam juntos, para conectar a atenção básica com a atenção especializada e emergências». Uma das chaves para o sucesso desta implementação, segundo os participantes, é a abordagem didática do projeto.

Como último exemplo, nas Astúrias foi implementado um sistema para padronizar 8 RES diferentes. «O objetivo era unificar os dados de cardiologia, o sistema de gerenciamento de imagens de cardiologia tinha que ser capaz de enviar dados para 8 sistemas, o que envolvia fazer 8 integrações diferentes com diferentes provedores», explicou García Casado.

A previsão

«Os clientes não querem apenas dados, mas previsões operacionais», disse Shez Partovi, líder de estratégia e inovação da Philips. «Assim como estamos atentos à previsão do tempo, os clientes nos pedem modelos preditivos com machine learning e IA para ter algoritmos que trabalhem com dados hospitalares e fluxo de pacientes», ilustrou ao descrever as possibilidades da plataforma Philips HealthSuite.

Para alcançar as previsões clínicas, primeiro é necessário obter os dados, depois as informações específicas são analisadas para melhor entender o paciente e, finalmente, são obtidas informações ou insights úteis. O objetivo do potencial preditivo desta plataforma é resolver 3 problemas principais:

-fornecer acesso remoto aos médicos por meio da tele-UTI, para obter colaboração em tempo real e facilitar o teletrabalho para os técnicos de imagem. Por sua vez, as informações úteis geradas permitem prever sepse e parada cardíaca;

-melhorar o desempenho das estimativas operacionais para gerenciar as transições de pacientes, ajustar as previsões clínicas e gerenciar a cadeia de suprimentos;

-expandir o envolvimento do paciente remotamente por meio de consultas por vídeo, turnos online e biossensores. O maior envolvimento do paciente permite o monitoramento remoto.

A geração de todas essas informações levanta uma nova preocupação: são necessárias soluções de armazenamento em nuvem.

«Oferecemos uma nuvem não diferenciada, nossas soluções podem ser utilizadas em qualquer nuvem. Na área da saúde, devemos adicionar camadas de componentes tradicionais baseados na nuvem genérica; a última camada seria a mais importante e gira em torno da segurança dos dados, certificações necessárias como HIPAA e manutenção e suporte constantes», explicou Partovi.

Novamente, a interoperabilidade está sempre presente nas propostas da empresa. «A Philips não vai resolver todos os problemas, mas queremos ser um aliado. A arquitetura dessas plataformas deve ser aberta para integração com outras soluções do setor», concluiu o especialista em inovação.

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