Meio milhar de expertos em tecnologia e inovação se encontraram no congresso Emtech Spain em Málaga

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Emtech Spain é um encontro que é celebrado pela segunda vez na Europa (nos Estados Unidos já tem doze edições, coincidindo com os prêmios da edição americana da revista que são entregues em Cambridge -Massachusetts), e no qual que se encontraram mais de 600 científicos, investigadores, empresários, empreendedores e inversores com o objetivo comum de “transformar ideias em soluções que resolvam as novas necessidades de um mundo que se transforma”.

 

Acompanhado no mundo inteiro, nesse congresso, que chegou a ser trending topic no Twiiter, participaram representantes de empresas espanholas pioneiras em inovação, investigadores de prestigiosos de universidades como a de Oxford e representantes políticos preocupados pela sustentabilidade do país e suas cidades.

 

O diretor da publicação MIT Technology Review, Pedro Moneo, foi o encarregado de apresentar a primeira conferência, ‘Cidades do futuro: energia e serviços’, que contou com a presença de, entre outros, o prefeito de Málaga, cidade comprometida com a sustentabilidade, Francisco de la Torre; e o secretário de Estado de Telecomunicações e da Sociedade da Informação, Víctor Calvo Sotelo, que enfatizou a necessidade de buscar “políticas apropriadas para o desenvolvimento de novos serviços que hoje nem sequer imaginamos”.

 

O diretor da revista Technology Review do MIT, Jason Potin, dirigiu-se aos presentes através de uma videoconferência. “A Espanha está passando por uma etapa de oportunidades empresariais”, disse, antes de destacar o papel dos empreendedores espanhóis. E o presidente de Málaga Valley – o clube que reúne as empresas tecnológicas mais importantes com sede na Espanha para tratar temas de inovação-, Javier Cremades, destacou este encontro que é celebrado em Málaga, “polo tecnológico europeu” graças a iniciativas como a do Emtech Spain. “Málaga é um laboratório de ideias e conceitos: uma cidade líder em inovação e sustentabilidade”.

 

Medidores inteligentes para medir o uso energético dos eletrodomésticos nos lares

 

O diretor do Grupo de Energia e Potência da Universidade de Oxford, Malcolm McCulloch, deu uma palestra sobre a importância da energia e dos serviços nas cidades do futuro. Afirmou que “a Espanha está muito bem desenvolvida. Há boa qualidade de vida. Mas o desafio do século XXI é lograr uma qualidade de vida maior e conseguir que outros países façam o seu trabalho bem. Devemos equilibrar a energia que é fornecida e utilizada, já que haverá um aumento importante da população. Há que conseguir eletrodomésticos mais inteligentes, que consumam menos energia, reduzindo a voltagem, com medidores inteligentes que meçam seu uso e eficácia em cada lar”.

 

O vice-presidente da Acciona, Juan Ignacio Entrecanales, por sua parte, explicou que “deve-se construir mais eficientemente, respeitando as matérias primas. Crescerão as emissões de CO2 e a margem de manobra é reduzido, mas há que buscar medidas para mudar a provisão  energética. A água é mal gastada e se continuarmos assim, em 2050 necessitaremos 2,3 vezes os recursos da terra. Hoje já gastamos 1,5 para manter nosso nível de vida. As cidades devem reduzir suas emissões: ser mais sustentáveis”.

 

Planificação, desenvolvimento e conscientização

 

“A gestão deve ser realizada de forma eficiente: o sucesso das smart cities passa pela planificação, o desenvolvimento tecnológico e a conscientização”. “Na Espanha, Vitória e Málaga são exemplo de cidades comprometidas com a sustentabilidade”, disse Entrecanales.

 

E depois dele, o Presidente de Puertos del Estado, José Llorca, destacou a importância da «»conectividade global entre territórios”, que “é fundamental para as cidades inteligentes»». “Em uma sociedade tecnológica, as melhoras da conectividade são fundamentais para o desenvolvimento de um país. Implicam políticas de inovação, ao ser mercados abertos e transparentes”.

 

Integração inteligente e associativismo

 

Finalmente, o vice-presidente da Ferrovial, Joaquín Ayuso, falou sobre as aplicações práticas da massificação das cidades, que “serão cidades envelhecidas. Haverá congestões de tráfico que representarão 3% do PIB e os edifícios projetarão toneladas de CO2”. “Dos 25,5 de vivendas espanholas mais de 60% não cumpre os requisitos de eficiência”, alertou. “Há que integrar os serviços urbanos mediante integração inteligente. As cidades inteligentes devem suceder já no mundo real”. “Temos de mudar a mentalidade atual e evoluir ao conceito do associativismo (Partner Ship). Do curto ao longo prazo”. “A cidade colaborativa deve contar com o papel do cidadão, que deve estar envolvido”.

 

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